Translate

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

sinto sua falta

Eu sinto a falta dele,
Mas não da pessoa que ele é agora.
Eu Sinto falta do garoto que algum dia foi meu melhor amigo.

Sinto a falta do garoto que me ligava as duas da manhã,
E ficava conversando comigo na porta da minha casa.
Sinto a falta do garoto que virou a noite conversando comigo,
Sem ao menos precisar falar uma palavra.

Mais principalmente,
Sinto a falta do garoto em que eu me apaixonei,
O garoto bobo e engraçado
Que saia com a galera e conversava com desconhecidos.

Eu sei que eu mudei, que ele mudou,
E eu sei que todos mudamos um dia.
Mas eu não gosto do que eu me tornei,
Não gosto do que ele se tornou.

Eu ainda o amo,
Mas o garoto que eu amo,
Simplismente não existe mais.
E se ele está feliz assim,
Não sou eu quem vai mudar isso.

domingo, 25 de setembro de 2011

#sem título

amar é como uma droga, no começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mais gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas. Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Balada do Amor através das Idades

Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigámos, morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.
[...]
Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.

 Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 13 de setembro de 2011

adolescência

Os pais dizem que não irão mais nos tratar como crianças, que agora somos adultos. Embora as vezes queremos isto,no fundo somos, e queremos ser crianças.
Estamos na adolescência, a fase que erramos mais que o normal, que hora queremos ser adultos e respeitados, hora queremos colo de pai e mãe. Adolescentes erram, fazem as coisas sem pensar e depois sofrem as conseqüências, choram por bobagens e querem que os pais parem de tratá-los como "bebês", embora as vezes agimos como tais.
Adolescentes querem curtir, encher a cara, experimentar coisas novas e se divertir. Por que para nos o futuro é apenas uma coisa bem distante, e que não nos permitirá aproveitar a vida.
Por isso fazemos besteiras, erramos, nos arrependemos, e agimos antes da hora certa. Mas adolescência é assim.
FAZER O QUE!?